SNA inicia reuniões com Azul para discutir demandas dos tripulantes
24 de janeiro de 2025
Para tratar das diversas demandas dos tripulantes da Azul Linhas Aéreas, que vêm sendo reiteradamente feitas ao SNA, o sindicato iniciou um ciclo de reuniões com a empresa em busca de um posicionamento sobre os temas ainda em aberto.
Veja a seguir os tópicos abordados na primeira reunião feita na segunda-feira (20) e as respostas da Azul.
1) Invasão de folga/compra de folga: SNA reforçou que a concessão de mais de 10 folgas não autoriza a empresa a alterar ou suprimi-las. Azul concordou em manter quantidade original de folgas publicadas, mesmo que acima de 10, repondo aquelas eventualmente suprimidas por necessidade de invasão.
2) Reserva para inserção de voo: SNA reforçou que a reserva modificada para inserção de voo não configura reprogramação, pois a programação do aeronauta ainda não foi iniciada. A alteração deve ocorrer com a anuência do tripulante. A Azul se comprometeu a verificar a questão com o responsável pelo gerenciamento de escala e com o setor de safety, trazendo uma devolutiva na próxima reunião.
3) Apresentação de voo internacional no hotel: Azul se comprometeu a revisar o procedimento que determina a antecipação de 20 minutos no horário dos comissários no hotel, conforme previsto no Manual das Comissárias, o que gera diferenciação entre as funções.
4) Voo no retorno para base: Azul irá alinhar o entendimento de que, caso o tripulante esteja retornando para a base, ele deverá ser consultado e não será obrigado a assumir uma nova programação.
5) Registro de tripulante extra: Anac autorizou para Azul um procedimento alternativo que permitia a não inclusão do tripulante extra no Diário de Bordo. O SNA questionou como será o processo de autorização em casos de extensão de jornada e quem será o responsável por essa decisão. A empresa se comprometeu a esclarecer o tema na próxima reunião.
6) Pagamento do 13º salário: Azul afirmou que já fez o pagamento do 13º salário com os reajustes da CCT 2024/2025. O SNA vai solicitar comprovantes à empresa para conferir os cálculos do pagamento.
7) Repouso estendido: denúncias apontam que, quando publicado com mais de 12 horas, o repouso estendido tem sido reduzido para até 12 horas, como forma de evitar a caracterização de invasão de folga prevista na CCT. O SNA defende que a Lei do Aeronauta é clara ao estabelecer que o repouso deve ser “no mínimo” 12 horas, e não exatamente esse período. Além disso, a definição legal de repouso como um período em que o aeronauta está “desobrigado” da empresa reforça a posição do SNA de que, mesmo que exceda as 12 horas, sua redução não pode ser imposta, devendo sempre ser consultada.
8) Uso do Jump Seat por tripulante extra: Azul reforçará a comunicação interna em Confins e outros aeroportos, incluindo ações como o informativo “Se Liga”, para reorientar os gerentes sobre a garantia, prevista em lei, do direito do aeronauta extra a serviço de ocupar um assento na cabine de passageiros. O SNA busca evitar qualquer pressão para que os aeronautas utilizem o Jump Seat a fim de liberar assentos para clientes em voos lotados.
9) Vale-transporte: Azul informou que, após a revisão de procedimentos pelo programa Eleva, o VT será concedido apenas aos tripulantes que residam na mesma cidade da base ou na região metropolitana. O SNA irá avaliar as medidas cabíveis, ressaltando que a concessão do VT deve seguir os mesmos critérios para todos os aeronautas que utilizam transporte público.
10) Pagamento Azul Prev.: sobre a exibição do pagamento apenas até dezembro de 2024, a empresa informou que há um problema com o Bradesco Previdência e que a situação será revisada.
11) Horário da madrugada: SNA reivindica que o planejamento das escalas, no que se refere ao número máximo de madrugadas consecutivas, utilize o fuso horário de Brasília como referência, conforme previsto na CCT. A Azul se reunirá com o setor de safety para avaliar os impactos da medida e apresentará um posicionamento na próxima reunião.
As reuniões entre o SNA e a Azul serão realizadas mensalmente. O SNA ressalta que todas as tratativas com a empresa são baseadas nas demandas dos tripulantes, que expressaram sua insatisfação e se mobilizaram em busca de melhorias.
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