Os reais impactos da reforma trabalhista, que passa a valer de fato com a entrada em vigor da Lei 13.467/2017, no próximo sábado (11), ainda são incertos, difíceis de ser avaliados, haja vista que a nova lei mexe em cerca de cem artigos da CLT e, inclusive, acaba com a contribuição sindical, um dos principais meios de financiamento de sindicatos.
Em meio a todas essas incertezas, porém, algo é evidente: justamente neste cenário de possível enfraquecimento, ter um sindicato realmente forte e representativo será essencial para qualquer categoria. É diante dessas adversidades que o SNA continuará sua luta para consolidar e ampliar as diversas conquistas recentes para os aeronautas.
Este é, sem dúvida, um momento chave. Para avançar na defesa dos pilotos e comissários, para enfrentar as árduas negociações coletivas que virão pela frente, para atuar em Brasília nas diversas legislações que afetam a aviação e a profissão, o SNA precisará cada vez mais de representatividade.
De 2013 até hoje, o número de associados ao SNA saltou de cerca 300 para mais de 8.000. Um crescimento extraordinário que permitiu muito progresso. Mas somos 30 mil aeronautas no total. Ou seja, nem metade da categoria está no sindicato. Precisamos nos unir agora para continuar avançando mais do que isso, para evitar recuos e perda de direitos.
O fim da contribuição sindical pode, sim, ser um passo correto para acabar com a proliferação de organizações de fachada ou de representatividade duvidosa, mas ao mesmo tempo pode derrubar os sindicatos corretos, que atuam de fato.
Em sinal de boa-fé, o SNA vem nos últimos anos oferecendo a devolução da parte que lhe cabe deste imposto a seus associados, atitude que raríssimos sindicatos tomam. Mas não há dúvida de que a receita cairá muito sem essa contribuição que equivalia a um dia de trabalho e era descontada em folha para todos, sindicalizados ou não, mas agora passará a ser voluntária.
Resta a mensalidade paga pelos associados. Daí a necessidade de fortalecer o SNA com mais e mais sindicalizados. O bordão juntos somos fortes nunca fez tanto sentido.
Cabe lembrar que um dos pontos mais importantes da reforma trabalhista é o que define que o acordado prevaleça sobre o legislado. Isso significa que acordos e convenções coletivas de trabalho estarão acima da CLT e poderão modificar diversos de seus itens, tais como jornada e férias, por exemplo.
Neste cenário, a negociação coletiva passa ter o papel de adequar a própria lei aos interesses de trabalhadores e empregadores. Ou seja, categorias que têm sindicatos fortes, capazes de negociar em condições de igualdade com as empresas, são as únicas que poderão de fato defender os interesses dos trabalhadores.
Façamos o SNA ser esse sindicato cada vez mais forte. Se você ainda não é associado, associe-se. Se já é, traga seus colegas para se associarem. Divulguem, compartilhem. O futuro depende de nós.